quinta-feira, 4 de março de 2010

Silhuetas

Que tuas pernas sejam minhas asas e
teus abraços pelas minhas costas, saiam
E meus músculos nas suas tremulas buscas
encontraram assaz força nos teus beijos.

Que tuas mãos sejam minhas marcas e
que teus seios intensos e morenos em
meus lábios se suponham preenchidos de ti
E eu, pássaro, ei de esforçar as minhas asas e te
sentir voar, abertamente.

Que tuas formas, entre dentes
Dentre
me tenham e que teus ais aos
meus recheios, Fénix
até que eu Pôr-do-sol

E então as àguas em dócil fluxo ganharam
os largos timbres das incessantes nascentes
e os compostos em repouso morno
enfim, encontraram em nós
uma só convicção.

Pierre Verger

quarta-feira, 3 de março de 2010

Fractal

Que dimensão de azul céu ou mar cá por
dentro terá outro carinho em contemplação que
não esse 'crescendo' repleto de fascínio e devoção?
Que outra regência resplandecendo em
latente resignação haverá, Moça na janela?
E que mistério da vida agora não passará de
um menino machucado da fé que lhe fará voar?

E que vontade ofuscante de te levar;
de rir; de ganhar; de esqueçer e de me perder contigo!
E de repente foliões confetes e evoluções
celebrando anseios bem mais que humanos; remissíveis.
E ficar e ficar vivenciando as delícias dessas cores,
escutando o ar bem vindo nas folhas mais do que vivas; verdes.
E rodar, correr, pular e nunca mais temer.
Depois - quando, não sei - rodar de liberdade
até nos vermos caidos no meio das plantações.

E esse presente, Santo Deus!
E esse presente como um presente das
festas boas, esperadas desde o fim das chuvas.
E,
nem sei...

Talvez dizer pro povo todo que eu encontrei a
cura pra's coisas que fazem a gente ficar triste.